2005/12/29

Me

Esta sou eu... Posted by Picasa

Afrodisíacos

Afrodisíacos: use a imaginação!

O imaginário popular garante que resultam. A ciência diz que não existem. Entre mitos e realidades, contamos-lhe quais os alimentos e substâncias a que se atribuem poderes afrodisíacos. Curioso? Experimente! Mas nunca deixe de apostar no amor. É que não existe melhor afrodisíaco do que amar com imaginação.
Contam as lendas que Afrodite, deusa grega do amor e da beleza, usava um cinturão onde guardava todos os seus poderes de sedução. Daí o nome de afrodisíacos para designar os alimentos e substâncias capazes de estimular o desejo e o prazer sexuais. Segredos guardados quase como tesouros desde a mais remota Antiguidade, é longa a lista de supostos afrodisíacos, desde as especiarias usadas para temperar pratos eróticos a néctares, poções ou elixires com nomes mais ou menos estranhos.

Comer, cheirar e sentir... Bem-vindo ao mundo dos afrodisíacos!

· Chocolate e café para abrir o apetite

São substâncias excitantes e quando as consumimos o nosso corpo segrega endorfina, a hormona do prazer, criando uma sensação de bem-estar. Conta a lenda que o último imperador azeteca, Moctezuma, bebia 50 taças de chocolate por dia para satisfazer um harém de 600 mulheres. Investigações confirmaram que o chocolate tem um aminoácido que estimula o cérebro e produz um químico semelhante ao libertado quando fazemos amor.

· Álcool: beber a dois

Uma quantidade moderada de álcool reduz a ansiedade e deixa as pessoas mais soltas. Mas quando consumido em grandes quantidades, o álcool provoca sono. Se beber demais, só pensará na almofada e nunca mais se lembra das carícias planeadas! O champanhe também é apontado como um bom estimulante da líbido. O vinho do Porto branco é outra das bebidas na lista dos afrodisíacos, principalmente se consumido com morangos silvestres.

· Açafrão, baunilha, gengibre, pimenta...

As especiarias aquecem o corpo. Quando temos calor despimo-nos mais facilmente e deve ser daí que deriva a sua fama afrodisíaca. No entanto, também é verdade que o amor passa pelo estômago.

A provar:

· Açafrão:
supostamente, torna as zonas erógenas ainda mais sensíveis, razão pela qual é um ingrediente chave em pratos considerados eróticos.

· Baunilha:
muito reputada como afrodisíaco, tanto pelo cheiro adocicado como pelo sabor. A essência de baunilha pode ser adicionada à água de um banho a dois.

· Pimenta:
«O Jardim Perfumado», clássico árabe do século XVI sobre o amor, aconselhava os amantes a mastigarem uma pequena pimenta e a colocá-la sobre a cabeça do parceiro antes de fazerem amor

· Frutos e legumes:

os espargos já eram usados como afrodisíaco na Grécia antiga. No entanto, alguns frutos e legumes também podem ter efeitos afrodisíacos quando ingeridos. Na época dos faraós, por exemplo, os sacerdotes egípcios em celibato estavam proibidos de comer cebolas por causa do seu efeito afrodisíaco. Frutos secos - como os pinhões, nozes ou avelãs - também são ingredientes de muitos pratos afrodisíacos. Em «Sonho de uma Noite de Verão» de Shakespeare as fadas usavam pêssegos como afrodisíacos. Segundo os códigos do erotismo, as uvas e os morangos também convidam ao amor.

· Ostras e outros mariscos

Quando Afrodite brotou do mar dentro de uma concha de ostra e deu à luz Eros, nasceu também um novo afrodisíaco. As ostras têm pouca gordura e são ricas em fósforo, iodo e zinco. Casanova era fã das ostras e comia 50 todas as manhãs na banheira, na companhia da sua última conquista. A lagosta acompanhada de champanhe é outro dos afrodisíacos mais conhecidos.

· Perfumes

Fragrâncias como o jasmim, arando, flor de laranjeira ou nardo possuem qualidades excitantes. Antes de comprar um perfume a pensar nas ocasiões especiais, vale a pena ler a composição para ver se tem algum destes ingredientes.

Curiosidades

Bodas de Casamento

Aníversário / Designação da Boda

1º - Papel
2º - Algodão
3º - Trigo ou Couro
4º - Flores e Frutas ou Cera
5º - Madeira ou Ferro
6º - Perfume ou Açucar
7º - Lã ou Latão
8º - Papoila ou Barro
9º - Cerâmica ou Vime
10º - Estanho ou Zinco
11º - Aço
12º - Seda
13º - Renda ou Linho
14º - Marfim
15º - Cristal
16º - Safira
17º - Rosa
18º - Turquesa
19º - Cretone ou Água Marinha
20º - Porcelana
21º - Opala
22º - Bronze
23º - Palha
24º - Cetim
25º - PRATA
26º - Jade
27º - Caju
28º - Níquel
29º - Veludo
30º - Pérola
35º - Coral
40º - Rubi ou Esmeralda
45º - Platina ou Safira
50º - OURO
60º - Brilhante
70º - Vinho
75º - DIAMANTE

Os bolos de cada uma destas datas, quando celebradas, devem ser decorados em função da boda e o número de velas deve ser na mesma proporção dos anos vividos em conjunto.
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2005/12/28

Eu (Florbela Espanca)

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a cruxificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E nunca na vida me encontrou!






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Ser Poeta (Florbela Espanca)

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além dor!


É ter mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!




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Zahir

O Zahir é algo que, uma vez tocado ou visto, nunca é esquecido - e vai ocupando o nosso pensamento até nos levar à loucura.

O meu Zahir tem um nome, e o seu nome é Miguel...
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2005/12/27

A voz da Tília (Florbela Espanca)



Diz-me a tília a cantar:

Eu sou sincera,
Eu sou isto que vês: o sonho, a graça;
Deu ao meu corpo, o vento, quando passa,
Este ar escultural de bayadera

E de manhã o sol
é uma cratera,
Uma serpente de oiro que me enlaça...
Trago nas mãos as mãos da Primavera...
E é para mim que em noites de desgraça

Toca o
vento Mozart, triste e solene,
E à minha alma vibrante, posta a nu,
Diz a chuva sonetos de Verlaine...

E, ao ver-me
triste, a tília murmurou:
"Já fui um dia poeta como tu...
Ainda hás-de ser tília como eu sou...

Elogio ao Amor Puro

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la.Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível.A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.
Não é por falta de clareza. Serei muito claro.
Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender,não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar,para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guardao que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber,amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa,o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso - Expresso

 
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