2007/01/31

FAROL DE ALEXANDRIA - 7 MARAVILHAS


A palavra "farol" dervia de Pharos, uma ilha próxima de Alexandria, uma cidade portuária do Egipto, onde há mais de 2280 anos, foi erguido o farol mais famoso da Antiguidade.

A sua construção em 280 A.C., pelo arquitecto e engenheiro grego Sóstrato, foi um grande sucesso da tecnologia e um modelo para todos os faróis desde então.

As descrições dizem que o Farol de Alexandria era uma giganter torre em mármore branco de 130 metros de altura (corresponde a um prédio de 45 andares).

Dividia-se em 3 partes construídas sobre uma plataforma de pedra: a inferior, quadrada, com 60 m de altura; a do meio, com 8 faces e 20 m de altura; e a superior, cilíndrica, com 7 m de altura.

Uma rampa em caracol elevava-se até ao topo, onde, à noite brilhava o fogo, reflectido num potente espelho, formando um clarão, que podia ser visto a mais de 50 km de distância.

Durante muitos séculos, o Farol de Alexandria, foi usado para assinalar o porto, advertindo os navegantes da presença de recifes, usando fogo à noite e reflectindo os raios solares durante o dia.

Diz-se que estava equipado com sinais de alarme, accionados a vapor que se faziam ouvir durante o mau tempo, bem como com um elevador que permitia o acesso ao cimo da torre de pessoas e que permitia levar lenha para a fogueira.

Na Idade Média, quando os árabes conquistaram o Egipto, substituiram o farol por uma pequena mesquita, uma vez que admiravam a sua imponência. No entanto, não viram interesse em substituir o seu espelho quando este se quebrou.

Sem contar com a Grande Pirâmide, o Farol de Alexandria, foi a "maravilha" que mais tempo durou.

Foi abalado por vários terramotos ao longo de centenas de anos e acabou destruído por um terramoto em 1375.

As suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores, o que depois foi confirmado por imagens de satélite.
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2007/01/26

COLOSSO DE RHODES - 7 MARAVILHAS


Por volta de 290 a.C., quando os habitantes da ilha de Rhodes conseguiram expulsar o exército de Demétrio Poliocertes, general que mais tarde se tornou Rei da Macedónia, decidiram fazer uma grande comemoração.

Assim, entre 292 a.C. e 280 a.C., construíram uma magestosa estátua a Hélio, o Deus grego do sol.

Feita pelo escultor Carés, da cidade de Lindos, a estátua media cerca de 30 m de altura, tinha 70 toneladas de bronze, apesar de ser oca, e "guardava" a entrada do porto da cidade de Lindos.

O material utilizado na escultura foi obtido a partir da fundição dos armamentos
que os macedónios ali abandonaram.

Era tão grande que qualquer barco que entrasse no porto passaria entre as suas pernas, pois a estátua tinha um pé em cada margem do canal.

Na mão direita segurava um farol que guiava as embarcações à noite.

Comenta-se que era uma estátua tão magestosa que um homem de estatura normal não conseguiria abraçar o seu polegar.

Foi destruída num terramoto em 224 a.C., apenas 55 anos após a sua construção, e ficou no fundo da baía de Rhodes.

Mesmo assim havia muitas pessoas a visitá-la, mas ninguém teve coragem de a reerguer, porque pensavam que ela tinha sido derrubada pelo Deus, que se tinha ofendido com os habitantes da cidade.

Algumas centenas de anos depois de ter sido derrubada, os fragmentos da estátua foram vendidos como sucata de metal pelos árabes, já no século VII.

Para se ter uma ideia do seu tamanho, há registos de que foram necessários 900 camelos para trnasportar todo o bronze usado para construir a estátua.
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2007/01/24

MAUSOLÉU DE HARNICANASSO - 7 MARAVILHAS


O Mausoléu de Harnicanasso, situado na Ásia Menor, foi mandado construir há mais de 2360 anos, pela rainha Artemísia, viúva do rei Mausolus.

Quando Mausolus morreu, em 353 a.c., Artemísia contratou arquitectos gregos para construirem o mais majestoso dos monumentos sobre o túmulo do seu marido.

Artemísia decidiu que nenhuma despesa seria poupada na construção do túmulo. Contratou arquitectos, escultores e centenas de artesãos. O responsável pela obra foi Scopas.

A tumba foi erguida numa colina de onde se avistava toda a cidade. Uma escadaria, ladeada por leões de pedra, conduzia ao topo da plataforma.

Ao longo da parede exterior havia muitas esculturas de mármore com cenas da mitologia, isto é, cenas das histórias fabulosas dos deuses e heróis do mundo antigo.

Como telhado foi construída uma enorme pirâmide suportada por centenas de colunas, todas elas enfeitadas com esculturas em mármore. No total, o monumento tinha 50 m de altura (que corresponde a um prédio de 16 andares).

A cada canto, guerreiros de pedra, montados a cavalo, defendiam o conjunto.
Por cima do túmulo, em si estava o mais espectacular trabalho de escultura: quatro cavalos que puxavam uma carruagem com imagens de Mausolus e Artemísia.

Dois anos depois da morte do marido, Artemísia morreu também, deixando o trabalho inacabado.
Foi sepultada ao lado de seu marido, mas os artesãos decidiram terminar a tumba em homenagem aos dois.

A tumba de Mausolus tornou-se tão conhecida que "Mausoléu" passou a significar um monumento em memória dos que morriam e deveriam ser lembrados, como Mausolus.

Esta obra sobreviveu durante muitos séculos, mesmo depois da destruição da cidade. Provavelmente caiu devido a um terramoto entre os séculos XI e XV.

As suas pedras foram reutilizadas em construções locais.
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ESTÁTUA DE ZEUS

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ESTÁTUA DE ZEUS - 7 MARAVILHAS


A Estátua de Zeus foi feita pelo grande escultor Fídias, no século V a.c., na cidade grega de Olímpia, para ser homenageada durante os Jogos Olímpicos da Antiguidade dedicados a este Deus.

Zeus era o senhor do Olimpo, a morada das divindades, por essa razão tinha que ser representado com a maior sumptuosidade que o Homem jamais tinha visto.

Supõe-se que a construção da grandiosa estátua, que se encontrava sentada, dentro do templo dedicado a Zeus, tenha levado cerca de 8 anos.

Era feita de marfim e ébano e tinha mais de 12 m de altura (que corresponde mais ou menos a um prédio de 5 andares).
Os olhos de Zeus eram decorados com pedras preciosas e o seu manto e sandálias eram feitos de ouro.

Fídias esculpiu Zeus sentado no seu trono feito de cedro, com uma coroa na cabeça.
Na mão direita tinha a estatueta de Nikê, a Deusa da vitória, e na esquerda um ceptro (bastão de rei) com uma esfera sobre a qual se debruçava uma águia (que representava esta divindade).

Pensa-se que, como em representações de outros artistas, o Zeus de Fídias também mostrasse o sobrolho franzido. A lenda dizia que quando Zeus franzia a testa todo o Olimpo tremia.

Mas, ao que parece, Olímpia estava a ser destruída por terramotos, cheias e incêndios. Assim, quando já tinha 800 anos de existência, a estátua foi levada para Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia.

Duzentos anos depois, no ano 462, foi destruída num incêndio. Hoje, nada resta do velho templo, excepto rochas e ruínas, a fundação do prédio e colunas em destroços.

A única ideia que se tem da estátua de Zeus vem das moedas de Elis, que se supõem ser uma representação da escultura original.
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2007/01/23

JARDINS SUSPENSOS DA BABILÓNIA

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"A entrada para os Jardins estava inclinada como uma ladeira, e as várias partes da estrutura cresciam de camada em camada... Sobre tudo isto, a terra foi empilhada... foi espessamente plantado árvores de todas as espécies que, por seus grandes tamanhos e outros charmes, davam prazer ao proprietário... As máquinas de água elevavam a água em grandes quantidades do rio, apesar de ninguém fora dos terraços puder vê-los."

Diodorus Siculus

Frutas e flores... Cascatas... Jardins Suspensos nos terraços do Palácio... Animais exóticos... Esta é a imagem que muitas pessoas têm na mente, dos Jardins Suspensos da Babilónia. Pode ser surpreendente saber que talvez eles jamais existiram, excepto na imagem dos poetas gregos e historiadores.

JARDINS SUSPENSOS DA BABILÓNIA - 7 MARAVILHAS




JARDINS SUSPENSOS DA BABILÓNIA


Os Jardins Suspensos da Babilónia foram construídos pelo Rei Nabucodonosor II, no século VI a.c., na Babilónia, onde é hoje o sul do Iraque.


Foram construídos para agradar à Rainha Amytis, esposa do Rei, que sonhava com os campos e as montanhas verdes da sua terra natal, muito diferentes do local onde fora morar quando casou.

É talvez uma das maravilhas relatadas sobre que menos se sabe.

O nome Jardins Suspensos vem do Grego e não condiz com a realidade. Na realidade, os jardins eram construídos em andares, ao invés de serem suspensos, como o nome indica.

Fala-se muito sobre as suas possíveis formas e dimensões, mas nunca se encontrou nenhuma descrição detalhada ou vestígio arqueológico que sejam coincidentes.

Por exemplo, foram encontrados vestígios que podem corresponder aos Jardins Suspensos e à cidade do Rei Nabucodonosor II, mas as suas dimensões são muito inferiores às descritas pelo escritor grego Heródoto.

Segundo as descrições de Heródoto, o moumento foi constrído com 6 montes de terra artificiais e terraços arborizados em colunas de 25 a 100 m de altura (que corresponde a um prédio de quase 30 andares).

Os terraços foram construídos uns em cima dos outros e os jardins eram irrigados pela água bombeada do Rio Eufrates, um dos mais importantes da região da Mesopotânia.

Aliás, o que faz crer que se encontrou as suas ruínas é um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água.

Nos terraços estavam plantadas árvores, flores tropicais e alamedas de altas palmeiras. Dos Jardins podia-se ver a beleza da gigantesca cidade, que ficava logo abaixo.

A cidade era uma das maiores da época. Tinha a Torre de Babel, com 250 m de altura, os Jardins Suspensos e um canal de defesa, ligando os rios Tigres e Eufrates, a 40 km da Babilónia, cercado por um muro em toda a sua extensão (o Muro dos Medas), com mais de 100 m de altura.

Não se sabe quando os Jardins foram destruídos.

Suspeita-se que tenha ocorrido na mesma época da destruição do palácio de Nabucodonosor II, pois ha relatos de que os Jardins tenham sido construídos sobre o seu palácio.
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PIRÂMIDE DE GIZÉ - 7 MARAVILHAS


A GRANDE PIRÂMIDE DE GIZÉ


A Grande Pirâmide de Gizé está situada na margem esquerda do rio Nilo, no Egipto.

É um dos monumentos mais famosos do Mundo e é a única maravilha que prevalece até aos dias de hoje.
Por curiosidade é também a mais antiga.

Sabias que existe um provérbio árabe que diz: "O Homem teme o tempo e o tempo teme as priâmides."
Só prova que realmente são antigas.

Foi construída pelo Faraó Quéops em 2550 a.c., há mais de 4500 anos, para servir como sua sepultura.
Foram construídas depois duas pirâmides mais pequenas ao lado: as dos faraós Quéfrem e Miquerinos (filho e neto de Quéops).

A Grande Pirâmide, que é a maior de todas as 80 pirâmides do Egipto, tem 230 metros de cada lado na base e 147 metros de altura (o que equivale a um prédio de 49 andares).

Sabias que foi a mais alta construção feita pelo Homem durante mais de 4000 anos, sendo superada apenas no final do século XIX (precisamente em 1900), com a construção da Torre Eiffel, em Paris?

As medidas matematicamente correctas da pirâmide demonstram como os antigos egípcios eram avançados na matemática e engenharia.

Ao contrário do que se pensa, as pirâmides não foram só construídas por escravos, mas também por cidadãos comuns que consideravam uma honra e um dever religioso trabalharem na Grande Pirâmide.

Além disso, a maior parte do trabalho na Pirâmide ocorreu durante os quatro meses do ano quando o rio Nilo inundava as terras e não havia trabalho para ser feito na agricultura.

Por isso, foram necessárias 100 mil pessoas a trabalhar durante mais de 20 anos para construir a Grande Pirâmide.

Foram usados mais de 2 milhões de blocos de pedra, cada qual pesando em média 2 toneladas e meia.

(in site Júnior)
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2007/01/22

AS 7 MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO

Já deves ter ouvido falar nas 7 Maravilhas do Mundo, certo?


Mas sabes quais são? E sabes a sua origem?

Trata-se de uma lista de sete obras arquitectónicas e artísticas que os Gregos elaboraram na Antiguidade Clássica.
A origem da lista é duvidosa, mas normalmente é atribuída ao poeta e escritor grego Antípatro de Sídon, que escreveu sobre essas estruturas num poema.

Quando os Gregos fizeram a lista, tinham como objectivo escolher os mais extraordinários monumentos feitos pelo Homem.
Para integrarem a lista, as maravilhas tinham que fascinar os seus visitantes pela sua majestade, riqueza de pormenores e magnitude (dimensão).
Das sete Maravilhas da Antiguidade, a única que resiste até hoje quase intacta é a Grande Pirâmide de Gizé, construída há quase cinco mil anos.

A lista dessas maravilhas tem sido alterada e actualizada muitas vezes, mas nunca se consegue chegar a acordo.
Outro documento que contém a lista é o livro antigo De Septem Orbis Miraculis, do engenheiro grego Fílon, de Bizâncio.


Eis a lista das «Sete Maravilhas do Mundo Antigo»:

Grande Pirâmide de Gizé

Jardins Suspensos da Babilónia

Estátua de Zeus

Mausoléu de Halicarnasso

Templo de Artemisa

Colosso de Rhodes

Farol de Alexandria

2007/01/17

A POTÊNCIA DO VIAGRA....

Palavras para quê?

Uma imagem vale mais que mil palavras...
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2007/01/11

MARTIN LUTHER KING - "I HAVE A DREAM"


Há mais de cem anos, um grande Americano, cuja simbólica sombra nos cobre, assinou a Proclamação da Independência. Este decreto foi como um farol de esperança para milhões de escravos negros, tocados pelas chamas da injustiça. Foi como um alegre raiar do dia no final de uma longa noite de cativeiro. Mas cem anos mais tarde temos de encarar o facto de que o Negro ainda não é livre.

Cem anos mais tarde a vida do Negro ainda está tristemente entrevada pelas amarras da segragação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o Negro ainda definha nas margens da sociedade americana e encontra o exílio na sua própria terra.

Por isso viemos aqui hoje para mostrar o dramatismo de uma situação chocante. Num dado sentido, podemos dizer que viemos descontar um cheque à capital da nossa nação. Quando os arquitectos da nossa república escreveram as maravilhosas palavras da Constituição e da Declaração da Independência, estavam a assinar uma promissória que obriga todo o americano.

Esta promissória era a promessa de que a todos os homens seriam garantidos os direitos inalienáveis da vida, da liberdade e da busca da felicidade. É óbvio que hoje a América falhou no cumprimento dessa promisória no que diz respeito aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar essa obrigação sagrada, a América deu ao povo Negro um cheque sem cobertura, que foi devolvido com a indicação de "não ter fundos suficientes". Mas recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça esteja na bancarrota. Recusamo-nos a acreditar que não há fundos suficientes nos grandes cofres da oportunidade desta nação.

Por isso viemos descontar este cheque um cheque que nos dará as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este local sagrado para recordar a América da urgência do agora. Não é tempo para aceitar o luxo do esmorecer ou de tomar a droga tranquilizante do gradual. Agora é o tempo de nos erguermos do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é o tempo de abrir as portas da oportunidade a todos os filhos de Deus. Agora é o tempo de libertar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial e alcançar as rochas sólidas da fraternidade.

Seria fatal para a nação ignorar a urgência do momento e subestimar a determinação do Negro. Este Verão abrasador do descontentamento legítimo do Negro não passará até chegar o Outono revigorante da liberdade e da igualdade. 1963 não é um fim, mas um princípio. Aos que esperam que ao Negro bastasse descomprimir e que agora se irá contentar espera-os um rude acordar, se a nação regressar às tarefas do dia-a-dia. Não haverá descanso ou tranquilidade na América até que ao Negro sejam garantidos os seus direitos de cidadania.

Os turbilhões da revolta continuarão a abalar as fundações da nação até que nasça o dia claro da justiça. Mas há algo que tenho a dizer ao meu povo que está no morno limiar da porta que leva ao palácio da justiça. No processo de alcançarmos o lugar que nos é devido, não pdemos ser culpados de actos errados. Não procuremos saciar a nossa sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio.

Temos de conduzir sempre a nossa luta no plano elevado da dignidade e da disciplina. Não podemos deixar que a criatividade do nosso protesto degenere em violência física. Uma e outra vez temos de nos levantar às alturas em que a força da alma combate a força física.

Esta maravilhosa nova militância que envolveu a comunidade Negra não nos pode levar à desconfiança de todos os brancos, pois muitos dos nossos irmãos brancos, como se pode ver pela sua presença aqui, hoje, já se aperceberam de que o seu destino está ligado ao nosso destino e quq a sua liberdade está inextricavelmente ligada à nossa liberdade.

Não podemos caminhar sozinhos. E ao caminharmos, temos de fazer o juramento de caminharmos para a frente. Não podemos voltar atrás. Há os que perguntam aos lutadores pelos direitos civis: "Quando é que estarão satisfeitos?", nunca poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com o esforço da caminhada, não possam alojar-se nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Não podemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do Negro for ir de um ghetto pequeno para um ghetto maior.

Nunca poderemos estar satisfeitos enquanto um Negro do Mississippi não puder votar e um Negro de Nova Iorque acreditar que não tem em quem votar. Não, não estamos satisfeitos, e não estaremos satisfeitos enquanto a justiça não correr como a água e a integridade não correr como um poderoso rio.

Não ignoro que muitos de vós vieram aqui com grandes dificuldades e tribulações. Alguns de vós acabaram de sair de celas estreitas. Alguns de vós vieram de locais onde a vossa busca pela liberdade vos deixou abatidos pelas tempestades das perseguições e arrasados pelos ventos da brutalidade policial. Vós fostes os veteranos do sofrimento criativo. Continuai a trabalhar com a fé de que o sofrimento injusto é redentor.

Voltai para o Mississippi, voltai para o Alabama, voltai para a Geórgia, voltai para o Louisiana, voltai para os ghettos e os pardieiros das nossas cidades do Norte, sabendo que, de algum modo, esta situação pode mudar e mudará. Não entremos no vale do desespero. Digo-vos hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho que tem raizes fundas no sonho americano.

Eu tenho um sono que um dia esta nação se erguerá e viverá a verdadeira altura do seu credo: "Cremos que estas verdades são evidentes, todos os homens são iguais".
Eu tenho um sonho que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos se sentarão juntos numa mesa de fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, mesmo o estado do Mississippi, um estado deserto, queimado pelo calor da injustiça e da opressão, se transformará num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que um dia, os meus quatro filhos viverão numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pela, mas pela força do seu carácter.
Eu hoje tenho um sonho.
Eu tenho um sonho de que um dia, o estado do Alabama, onde os lábios do Governador deixam presentemente pingar as palavras da interposição e da anulação, se transformará numa situação em que os rapazinhos e as raparigas negras poderão dar as mãos a rapazinhos e raparigas brancas, e caminharão juntos como irmãos.
Eu hoje tenho um sonho.
Eu tenho um sonho de que um dia cada vale se elevará e cada colina e montanha se aplanará, os locais agrestes serão alisados e os locais tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor se revelará, e todos o verão.
Esta é a nossa esperança.
Esta é a fé com que regressarei ao Sul.
Com esta fé transformaremos a montanha do desespero numa pedra de esperança.
Com esta fé transformaremos o desafinar de uma nação numa bela sinfonia de fraternidade.
Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser preso juntos, erguer-nos pela liberdade juntos, sabendo que um dia seremos livres.

Este será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar, com um novo significado: "Meu país, é tua, doce terra da liberdade, eu te canto. Terra onde os meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, que, de cada lado da montanha, ecoe a liberdade". E se a América tiver de ser uma grande nação, isto terá de se tornar verdade. Por isso, que a liberdade ecoe do alto cume das colinas de New Hampshire.
Que a liberdade ecoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.
Que a liberdade ecoe das montanhas Alleghenies, da Pensilvânia!
Que a liberdade ecoe das Rockies, as montanhas nevadas do Colorado!
Que a liberdade ecoe dos picos da Califórnia!
Mas não basta: que a liberdade ecoe da Stone Mountain da Geórgia!
Que a liberdade ecoe da Lookout Mountain, do Tennessee!
Que a liberdade ecoe de cada colina e cada elevação do Mississippi.
Que, de cada lado da montanha, ecoe a liberdade.

Quando deixamos ecoar a liberdade, quando a deixamos ecoar de cada vila e de cada aldeia, de cada Estado e de cada cidade, apressamos o dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, darão as mãos e cantarão o antigo espiritual negro: "Finalmente livres! Finalmente livres! Obrigado, Deus Todo Poderoso! Somos finalmente livres".

Martin Luther King, Discurso proferido nos degraus do Lincoln Memorial, em Whashington D.C. a 28 de Agosto de 1963.

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